Mais um do “um dia a gente aprende”…

" a aceitar que não importa quão boa seja uma pessoa, ela vai ferí-lo de vez em quando e você precisa perdoá-la por isso..."

 

Claro, faltou dizer que nesse meio tempo, entre viver e aprender, você vai querer chorar. E você vai.

E vai querer sumir, só pra saber se faz alguma falta… E vai buscar respostas que simplesmente não vão responder as perguntas que você tem pra fazer.

Se você tiver o mínimo de sobriedade vai se culpar, e se sentir egoísta…

Pessoas são só pessoas.

E sentir tudo isso significa que você se importa, ainda que as outras pessoas não se importem. Até porque isso é algo que o Shakespeare também dizia que “um dia a gente aprende”.

“Não temos que mudar de amigos se compreendemos que eles mudam…”… Queria que isso fosse mais fácil.

 

 


24/11… 0h05

Something always brings me back to… you.

Ah, querido diário – mensal, talvez?

Depois de um longo e preguiçoso feriado, que não pensei ou fiz coisa qualquer que mudasse a minha vida, chego à conclusão de que estou empurrando com a barriga o meu balanço anual.

Diria até que estou colocando tudo nas costas do inferno astral e deixando as coisas seguirem na direção que o vento sopra. Mas não é bem assim que a banda toca.

Mudanças, ah… Tantas mudanças. Mudanças que soam como tédio de mim mesma, uma “metamorfose ambulante”, sei bem.

Lembro que nessa mesma época, no ano passado, estava eu pesando os ganhos – que são pesados com minha evolução, com alguma coisa que eu tenha aprendido e aplicado.

Pois bem, esses dias minha mãe comentava sobre sua ida anual à Aparecida para pagar promessas – bom sinal, afinal, isso significa que ela conseguiu alguma coisa boa -, e eu, que até então não havia me atentado a todos esses meses que passaram, no comentário dela de “esse ano não foi fácil”… Repensei.

De fato, 2015 não foi fácil. Não foi leve, não foi tranquilo… Mas as tempestades passaram, como sempre passam, e logo fiz questão de virar páginas.

De fato, esse ano entendi que é importante “sair”. Mas sair, não significa se afastar. Não, nada disso.

De fato, nesse ano, vivi um dos momentos mais amargos de toda a minha jovem vida, e bem notei que nesses momentos não há ninguém que possa segurar sua mão – ainda mais a minha, que não se deixa segurar.

De fato, mas esse fato já me era familiar, muito nessa vida é inevitável. Mas a gente precisa engolir o choro, porque muita gente depende desse choro engolido para que possa chorar. Os mais fortes – sim, eu me considero muito forte- têm que segurar a barra…  “Grandes poderes, grandes responsabilidades”…

De fato, um ano de muitos fatos, com alguma cicatriz.

Na lista de 2015 tinham duas coisas. Asas e coragem para se prender.

E aí, quando eu paro para analisar desejos e metas para o ano que passou, enxergo um pequeno paradoxo. De fato, não podemos ter tudo.

Asas. Esse ano deu asas.


23:23 de um 10/11 qualquer…

Querido, que de diário não tem nem o apelido…

Só queria dizer que, por alguns, sinto tanto amor… Que meu único desejo, em um plano de acontecimentos que nunca se tornaram reais, era que fosse recíproco.

Só isso, mesmo.

Logo passa.

You did not break me

I’m still fighting for peace

I’ve got thick skin and an elastic heart.


26/10…

Saí do trabalho em busca de paz e sossego.

Cheguei na estação Luz, a caminho do meu lar atual, e era impossível chegar a qualquer lugar a partir de lá.

Desespero em ver tanta gente seguindo pelo mesmo caminho como se tivessem outra opção – não tinham.

Às vezes, é melhor buscar outro caminho.

Aprendi com a vida que entre sofrer pra chegar e esperar um momento melhor para continuar, a segunda opção é sempre mais indicada. Ainda que demore mais. Ainda que não seja um atalho.

Pois bem, com toda a minha pouca criatividade e ousadia, dei meia volta e avabei no mesmo endereço de sempre – exceto pelo lugar no balcão, tudo aconteceu como o de costume.

Agora, aqui, quieta no meu mundo, com a minha própria playlist, tentando entender o que me leva a sentar e pensar no exato ponto em que me encontro… Estar aqui me faz não sofrer por não ter pra onde ir.

Mas, ainda que não sinta nem falta de companhia… Isso me entristece.

Se me basto, não tá bom?

Não sei. Realmente não sei.

Espero que não.

She said, “I don’t drink” “But sometimes I need a stiff drink” “Sipping from a high, full glass” “Let the world fade away”

She said.

I do.


Sobre os que não curtirão…

É importante expor opinião.
E tão importante quanto, é ignorar.

O país é livre. Todos têm direito de ir e vir, assim como dizer…

Enxergo em minhas timelines uma verdadeira ânsia pelo quê outras pessoas têm a dizer – leia “não curtir” – sobre elas.

Pergunto-me o motivo, mas é bem simples e idiota. É importante o incentivo negativo, para o bem e para o mal.

Apesar da minha sinceridade cítrica – leia “ácida” -, sempre fui do time do “se não tem nada de bom a dizer, não diga nada”.

No geral, ninguém precisa de um polegar pra baixo. No geral, dar importância para  quem não nos gosta tem a dizer é idiotice. Mas querem ver a “treta”, “o circo pegar fogo”…

Na real, era pra ser piada, mas vai ser mais um motivo para discussões sem fundamento por motivos banais… Não vai ser muito diferente do que já acontece, de fato.

Eu? Como sempre vou acenar e fingir demência.


Mr. Jones…

And me.

Eu gosto do poder que as “minhas” músicas favoritas têm de me levar pra bem longe. Não é a rota de fuga ideal, mas é a que eu posso pegar, quando a casa pega fogo.

Esses dias acompanhava uma entrevista, rotineira, besta… E alguém disse “eu sempre gostei de escrever, eu tinha um diário, então me acostumei”… (AH! Lembrei, era entrevista de estágio, foi um dos candidatos)…

Eu sempre tive meus “diários”. Mas, como a categoria desse texto diz, são quase diários… Hoje em dia, eles chegam a ser realmente esporádicos…  E isso me entristece.

Não dá tempo de escrever, e quando eu tenho tempo eu sinto preguiça, ou, de fato, não há nada para contar.

Para se escrever, antes de tudo, é preciso ter alguma coisa pra contar. E gosto de ser o centro das atenções das minhas histórias… O que me faz pensar no quanto eu deixo de me colocar em foco, cada vez mais…

[de dezembro de 2013 para setembro de 2015]…

A arte de se desviar do foco continua a acontecer. Hoje, menos do que acontecia em 2013.

#quebom


Hoje eu acordei com vontade de te ver…

Já faz tanto tempo, que até assusta.
Me assusta não saber nada de você
e não ter com quem falar de mim. 

 

Esses dias perguntaram sobre o processo de composição de músicas. Algo que sempre me encantou, já que em uma música há muito investimento de tempo, memórias e sentimento – as minhas sempre tiveram. 

Expliquei o processo como quem sabe como é, apesar de não saber muito bem, porque é natural. Tão natural que não acontece há tempos.

Tão natural que precisa ter motivo, assim como tempo, histórias e sentimento, para acontecer.

Tão natural que, ultimamente, tenho me forçado a procurar motivo para ter o que escrever, tenho até inventado motivos. Mas sei bem que quando não há nada, não há nada.

E sobre o nada é muito mais complicado escrever.

E aí, em alguns momentos a gente se pega resgatando o passado, mas o passado traz de volta muita coisa que, vez ou outra, é melhor deixar lá atrás mesmo. É bem verdade que, quando a gente rebusca, a gente sente saudade.

Eu sinto, não nego, mas não vale a música.

 

Ah, querido “eventual”.
Eventual, porque não é diário.
Se voltasse a ser diário não seria legal.
Ainda não é, de fato.


Let me the firt, baby, to say…

I’m sorry


Is Mercury in retrograde

Or is that the excuse that I’ve always made

‘Cause I wanna blame someone else

But I can only blame myself

I always do. 

Mas, sabe…

Às vezes – e não têm sido poucas -, pedir que te desculpem é necessário, pra não dizer “o mínimo”.

Isso não vai mudar o fato de que você errou, muito menos significa que você nunca mais vai errar de novo.

Somos todos humanos.

Erramos.

Cabe a cada um se dar ao trabalho de aprender e evitar novos erros. E tenho pra mim que repetir um erro bobo é pior do que cometer um novo. O erro, seja ele bobo ou não, vai ficando mais grave a medida que se repete. E os pedidos de desculpa vão perdendo cada vez mais a “validade”.

Sei bem.

I look in the mirror and it tells me truth, yeah

Why all these lessons always learned the hard way

Is it too late to change?


The kids aren’t alright

Engraçado o fato de que a vida não vai, necessariamente, seguir conforme as vontades da gente.

Até porque as nossas vontades, que são só nossas, vão “contra” a vontade de muita gente.

Cada um tem os seus motivos. E eu me pergunto quem vence essa “competição” do destino?

Quem?

Eu, você, o destino… Quem?

Mais um ano que acaba fazendo toda questão de não fazer nenhum sentido – em alguns sentidos.

Vem 2015… Mas vem com um pouquinho mais de clareza.

Grata.


It ain’t your to throw away.

Hoje seria um daqueles dias que eu começaria a arquitetar as melhores frases para dizer tudo.

Ultimamente, era o único dia em que eu dizia alguma coisa. Era apenas o que eu tinha para poder dizer.

 

Como foi que cheguei até aqui?

Eventualmente paro, e me faço essa pergunta.

É complicado, mas, definitivamente eu me trouxe até aqui.

Não tem sido difícil, mas nem por isso é fácil. Aliás, não é fácil. Nem por isso eu dificulto.

Eu evito.

E isso elimina o que não tem mais tanta força para exercer sensações e estimular sentimentos.

É triste.

 

É.

O que me anima é o fato de que, de alguma maneira, não faz diferença.

O que me conforta é o fato de que nunca deixei de desejar bem, querer feliz… Só não preciso estar testemunhando, porque não posso ser motivo e não quero ser plateia.

 

Egoísmo, confesso. Não nego e nem mesmo sinto culpa.

 

Já fui boa e boba o bastante, por todo o tempo que passei pensando, em vésperas.

Agora eu só quero passar longe. Passar bem.

Deixar passar.

É triste.

É onde me encontro agora.

É triste, mas me sinto mais feliz em saber que meus pés me trouxeram até aqui, ainda que eu tivesse parado várias vezes para olhar para trás, querendo voltar.

 

Ainda olho, não vou mentir. Não volto mais.

 

Nem pra dizer parabéns.